sábado, 5 de dezembro de 2015

Cake: Uma razão de viver


 Nossa! Fico impressionada com o quanto a Jennifer Aniston amadureceu profissionalmente desde Friends. Na verdade, de todos os personagens, ela foi a que mais se destacou em vários outros trabalhos após o término da série, apesar que eu particularmente tinha personagens mais favoritos..rs
  Participou de diversos filmes de comédia ou comédia-romântica,, em todos ainda é possível reconhecer a querida Rachel Green.
  Mas, neste seu filme mais recente, Cake, eu vi uma atriz completamente diferente, engajada em um roteiro totalmente diferente dos seus trabalhos anteriores. O humor não existe, e sim uma ironia e sarcasmo que tonifica o filme e torna o personagem mais genuíno.


   Após sofrer um terrível acidente e perder o filho, Claire Bennett (Jennifer Aniston) vive em uma guerra interna, cheia de sentimentos tristes e catastróficos, um estágio bem crítico de depressão profunda.
 A temática "perda" é muito bem dramatizada, por horas o assunto é abordado evasivamente, porém é muito bem sentido tanto pela ótima atuação dos personagens como pelos aspectos cinematográficos. Sabe áquelas passagens que se tornam fotografias e a imagem simplesmente capta e sustenta todo roteiro a ponto de deixar o público refletindo?! Bom... foi isso que aconteceu comigo enquanto assistia; poucos filmes conseguem conversar com o público desta forma. No decorrer da história, Claire passa a criar uma espécie de fanatismo pelo suicídio de uma moça. A relação de Claire com o "fantasma" desta moça, que na realidade é que nada mais e nada menos que o auge dos seus próprios sentimentos depressivos, é um espelho das suas prisões afetivas para consigo e os a sua volta.O filme apresenta alguns clichês, porém o diretor, Daniel Barnz, trabalha muito bem os pontos de
amarração entre dor física e dor intrínseca, sem milagres e sem finalzinho mágica, nada muda ou melhora de uma hora para a outra. Tudo é bem realístico que parece até biográfico.

Um filme que merece a sua atenção!

                                    



segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Cem anos de solidão


Olá pessoal! Quanto tempo! Difícil manter um blog com a correria do dia-a-dia. Gosto tanto de reter informações sobre o que leio que continuei fazendo algumas mini-resenhas no meu instagram.
Bom, vamos ao que interessa..rs

Gabriel Gárcia Marquez É um escritor colombiano de grande peso na literatura latino-americana, um dos percussores do gênero "Realismo fantástico ou mágico" e ganhou 2 prêmios voltados para suas obras Prémio Internacional Neustadt de Literatura em 1972 e o Prêmio Nobel, com o aclamado "Cem anos de Solidão" E é deste livro que vamos conversar um pouco hoje.
 Com apenas 16 anos escreveu "Cem anos de solidão, mas só foi publicado 23 anos depois.

 O livro relata a história da família Buendía, geração após geração, 7 gerações, sem perder por nenhum momento os laços que deixam o enredo bem sólido e preciso. Depois de carregar este livro por uns 15 dias, me sinto até uma Buendía..rsrs Não foi fácil, é preciso uma leitura minuciosa e com atenção...adquiri umas 15 palavras pro meu humilde vocabulário. 
 Amei tudo, voltava algumas vezes,,,não queria perder nada, esquecer nada, porque tudo  que acontece com essa família e no povoado fictício Macondo é muito interessante, um folhetim de extrema qualidade.  Quanto mais conhecia os personagens, mais avidamente lia e até relia. Admirei José Arcádio Buendia, sorri com as peripécias de Aureliano José, chorei com a morte da incrível Úrsula Iguarán Bundia, fiquei com raiva de Amaranta, fiquei fascinada com a construção da personagem Remédios, a Bela  e não vi até hoje história romântica melhor que a do casal Renata Remédios (Meme) e Maurício Babilônia...e o final do livro é brilhante, digno de palmas.

Uma vez em uma determinada entrevista ele disse: "Que todo escritor está sempre aperfeiçoando, escrevendo algum livro e o dele é "Cem anos de Solidão"

Tenho esta edição publicada pela editora Record. ela é bem feita e possui uma arvore genealógica que será de muita importância, pois os nomes dos personagens se repetem geração após geração, assim como suas histórias, as vezes pode parecer que nada daquilo vai levar a alguma coisa, voce já apaixonado por Macondo quando percebe que tudo áquilo tinha um propósito, só ler para crer! Traz um olhar diferente para a América que achamos que conhecemos no quesito "literatura" e também provavelmente voce observará semelhança com o Brasil e com a história da sua família.


Gabo, é áquele tipo de escritor que você quer ler tudo dele, sua narrativa, seu rico vocabulário, seu mundo, sua cultura, tudo isso é muito marcante nos seus livros. Tenho aqui comigo, "O Outon do Patriarca", é o que ele considera sua melhor obra e também comprei "Crônica de uma morte anunciada".
 Gabriel Gárcia Marquez tem uma biografia linda, entre Colômbia, Europa e México, onde faleceu. Escreveu praticamente 40 livros e alguns até ganharam reprodução televisiva como o "Amor nos tempos do cólera".

terça-feira, 21 de abril de 2015

A garota nada exemplar


 Eu li este livro em menos de 1 semana, Gillian Flynn sabe influenciar o leitor de uma forma que até nos deixa irritados. Deixe-me explicar.
  O casal Dunne está completando 5 anos de casados, com direito a joguinho de caça ao tesouro cujas as pistas estão nos locais especiais do casal, que Nick Dunne como um perfeito homem (para nao se casar) não lembra e tem muitos problemas com seu pai. Amy Elliott Dunne é uma referência para muitos, pois tem uma série de livros (Amy, Exemplar), publicada pelos pais. 
   Então meus caros leitores, o parágrafo acima e a imagem ao lado te influenciou gostar de um e não gostar tanto assim do outro? É praticamente isso que me prendeu no livro, em certos momentos você ama, odeia e até torce por determinado personagem. Eu particularmente gostei de Amy no início e muito mais quando descobri quem ela realmente era, pois ela é brilhante.
    Nick volta do trabalho, neste dia de bodas de madeira, e Amy desapareceu, e a história do livro se baseia nesta busca, neste momento que várias mascaras caem e vários conflitos surgem. É um livro que não pode ser julgado pelo título simples e pela falta de histórico literário da escritora. Vale a pena! Suspense, drama e um romance nada comum!
    Eu descobri este livro numa  entrevista que fizeram á Michelle Obama, e a mesma elegeu este livro como um dos melhores de 2013.


 Vamos discutir um pouco o termo "exemplar", convencionalmente Amy não é nada exemplar, mas no quesito sociopatia, ela é perfeita, ou seja "exemplar" em tudo que se refere a tramas e planos maquiavélicos. 

                                                  Passagens ótimas do livro:
Amy Elliott
"Comercial de absorventes, de detergentes, maxi pads, windex - você acha que tudo o que uma mulher faz é limpar e sangrar."
Nick Dunne
"Minha mãe sempre dissera aos filhos: se você está prestes a fazer algo, e se quer saber se é má idéia, imagine impresso no jornal para todo mundo ver."

                                                                O filme

                                 

 Ano passado, foi lançado o filme, não assisti ainda, e acho que não vou assistir, pois o livro me deixou contente o suficiente e tenho receio que o filme me decepcione.

domingo, 5 de abril de 2015

Todos temos um pouco ou tudo de "Valente"

                                       
                                                   Por que é preciso ser valente?

"Sempre foi ela, mas nunca sou eu"

"Não foi isso que aprendi com Rocky Balboa, mas chega! Eu Desisto"

"Romance, sem chance"

"Algumas vezes, tudo parece estar contra a gente, ficamos choramigando e lamentado. Dizendo que a fase não está boa. Quando, na verdade, tudo que precisamos é de uma sacudida. Algumas vezes, essa sacudida pode ser uma viagem, ou até mesmo um tapa na cara. Em outras, tudo que precisamos é da gota d'água."

"E ele correu até ultrapassar todos os velhinhos da praça."

Um jovem cãozinho nos apresenta seu dia-a-dia, amigos, família, universidade e sua visão de tudo isso, incrível como tudo é narrado de forma bem simples, porém é tão lindo que chega a ser poético, uma autêntica história em "tirinhas".

O cãozinho mais encantador de qualquer HQ.
                                     Desenhado e escrito pelo brasileiro Vitor Cafaggi.




sexta-feira, 20 de março de 2015

E finalmente, eu li "Morte Súbita", (The Casual Vacancy)


 Este livro estava a praticamente 1 ano em minha prateleira, é como se uma jóia estivesse escondida.
 E resolvi pegar este livro pesadinho..rs e iniciar minha mais nova empreitada literária! E fui tão bem apresentada a Pagford que senti que realmente a estava visitando.
 Joanne Rowlling, nossa queridíssima J.K. Rowling, é brilhante, abusou dos detalhes e também de um vocabulário bem variado, por vezes, rebuscado. Se não fosse a grande quantidade de caracterização de tudo e de todos, este livro não teria nem metade do volume de páginas, porém, não seria interessante e tão completo.
  Ressalto, que para ler este tipo de história, é preciso muita persistência, pois a sinopse e as primeiras 50 páginas não são atrativas, mas depois disso tudo fica mais interessante e você se sente lendo àqueles folhetins (prosa sequenciada) na época do Romantismo Literário, afinal foi assim que surgiram muitas das melhores novelas que conhecemos. J.K. Rowling dividiu o livro em várias numerações, partes (6 partes) dentro destas subdividiu a história em vários capítulos que. por vezes, realmente lembram cenas de novelas.
 Um pacato vilarejo situado no interior da Inglaterra, onde jamais se suspeitaria de qualquer escandâ-lo ou grandes alartes, ali de tudo acontece quando o maior benfeitor morre, Barry Fairbrother. Toda a história é contada em torno do que Barry foi para todos habitantes de Pagford. Após sua morte, inicia uma competição entre seus inimigos, amigos e aliados, Neste emaranhado de confusões e hipocrisias, conhecemos a personagem chave, Krystal Weedon, e só percebemos isso no final do livro, bom meus amigos vou deixá-los com este frenesi inicial...
 Eu não serei mais a mesma depois deste livro, ele te desperta de forma bem inquietante. Não o subestimem.


 Fazendo minhas buscas na web a respeito do livro, depois de já ter ficado ficcionada no enredo, vi que a BBC One está exibindo uma minissérie do mesmo. Já assisti alguns capítulos e pude perceber que tem muitas coisas totalmente diferentes do livro, entretanto, é tão bom ver que alguns personagens são iguais aos que seu cérebro visualizou com as ricas descrições do livro!

                              


quinta-feira, 5 de março de 2015

The Wrestler (O lutador)



 Um filme do querido Darren Aronofsky. aclamado pelos filmes: The Fontain, PI, Requiém for a Dream, Black Swan e Noah. Tudo bem sei que nem todos são famosos..rs, mas fiz questão de citá-los e até mesmo cronologicamente, porque admiro diretores de poucos filmes, porém bem-sucedidos, indica uma grande assertividade.


 Quase todos filmes de luta giram em torno de um clichê - o  protagonista ou é bem pobre e ferrado ou fica pobre e ferrado, ou seja, a maioria dos filmes retata a ascensão ou a regresso, ou até ambos.Enfim, o filme é muito bom, aprofunda em tres universos do Randy "O Carneiro"  (Mickey Rourke) - a aposentadoria emergencial e obrigatória - o relacionamento super conturbado com a filha - e o amor por uma dançarina de boate.


 Logicamente que eu esperava um filme mais marcante "a la Aronofsky", foi diferente do que supus pela capa, mas valeu a pena e além disso é sempre bom conhecer melhor alguns diretores, neste trabalho Aronofsky se mostrou versátil.
 Obtive um grande aprendizado com este filme, muitos de nós sentem que precisam mudar, ser áquilo que todos que nos amam querem e precisam, porém nunca devemos simplesmente ocultar o que somos, tudo é questão de aprimoramento de qualidades e os erros são apenas a certeza de que somos meros insignificantes humanos. O amadurecimento é duro, as vezes cruel, porém para se obter a felicidade é primordial, e foi isso que faltou a Randy "O Carneiro". Não escolhemos o fim das coisas, mas podemos evitar tanta coisa durante  o trajeto!

Capa do filme

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Solanin: Um mangá simples, porém, impressionante!


  A tempos que não lia algo tão supimpa. De início não há nada de atrativo, a sinopse por si só não gera grandes expectativas..enfim é um mangá de indicação, espalha no boca a boca.
   Tão curto, tão fofo, tão melancólico, tão filosófico..tão especial este mangazinho..hehe
    Denomino como fase "friends" o período pós faculdade..Meyko e Taneda, Aya e Kato e Billy estão tentando viver em Tóquio, a história expõe as aflições, pequenas alegrias, sonhos, incertezas desses 5 jovens irreverentes..ou pelo menos querem irreverência. Me apaixonei com todos detalhes da escrita e das ilustrações.


Personagens
    A história inicia com Meyko fazendo o que muitos de nós hoje deseja: "Pedindo demissão", após isso vem a enxurrada dos pensamentos inquietantes da mesma com as seguintes perguntas: "O que é liberdade? largar tudo que é obrigatório? não ter regras? não seguir ordens ou leis?, o mangá retrata bem essa fase e nos mostra de forma capciosa que liberdade é somente fazer o que gosta! Não se esqueça que os pensamentos também podem ser prisioneiros de alguns moldes da sociedade moderna, então o significado de "liberadade" no Solanin abrange o ser humano mais pensante do que qualquer outra coisa.
  Sabe àquele livro que você tem vontade de abraçar, se arrepende por não ter conhecido antes e quer relê-lo várias vezes, Solanin me agradou assim! Cada detalhe do mesmo me chamou a atenção e me fez refletir sobre a vida como um todo. 
  "Você está feliz com tudo como está? Até onde você iria para alcançar a sua felicidade? Você está feliz com quem você está? Com o que você faz? A importância da amizade e do amor verdadeiro. Uma história introspectiva nos apresentando 5 formas diferentes de ver a vida."


Mangá, vol. 1 e 2.
  E "por favor" só iniciem a leitura com os dois volumes em mãos, pois o fim do primeiro te deixa desnorteado...terminei o primeiro e estava tarde, então fui dormir, quase não durmo de desespero prá devorar o segundo! rs


Meiko

Abaixo algumas partes da história, só prá deixá-lo curioso..rs